quarta-feira, 30 de setembro de 2015

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A Caravela e a Barca

Caravela

As caravelas eram embarcações leves e muito ligeiras ...
Estes barcos tinham um casco diferente do que era habitual, mais estreito e comprido. Na parte de trás, que se chama popa, elevava-se uma construção de madeira, onde geralmente era o quarto do capitão. Essa construção tinha o nome de castelo...
As velas eram talvez o mais importante, pois o seu formato triangular permitia que a caravela navegasse contra os ventos, ou seja, bolinar...
O funcionamento das velas triangulares não permitia o uso do cesto de gávea.
Antes da caravela, os portugueses usaram as barcas... A vela era quadrada ...a esta vela também se chamava vela redonda, porque com o vento, ficava arredondada como um balão....
Foi numa barca que Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador em 1434.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Personagens da crise de 1383-1385 (D.João I de Castela)

 D. João I de Castela nasceu em 24 de Agosto de 1358, filho de D. Henrique II. O seu pai só se tornara rei de Castela em 1369, fundando uma nova dinastia, depois de matar o meio-irmão que então governava.
Foi contra D. Henrique II que D. Fernando I teve as duas primeiras guerras. A terceira já foi contra D. João I (1381-82).
D. João I casou, em 1375, com D. Leonor de Aragão, tendo dois filhos. Assumiu o trono em 1379.
Ficou viúvo em 1382, vindo a casar com D. Beatriz, filha de D. Fernando I, após o Tratado de Salvaterra (1383).
Tinha a ambição de governar Portugal. O casamento com D. Beatriz e a morte de D. Fernando pareciam abrir-lhe a porta à concretização desse objetivo.
Mas não iria ser como queria.


Testa o que sabes!
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Personagens da crise de 1383-1385 (D.Beatriz)

D. Beatriz foi vítima da política de alianças políticas de seu pai: foi combinado o seu casamento com D. Fradique (filho de D. Henrique II de Castela, 1376), D. Henrique e D. Fernando (filhos de D. João I de Castela, 1380 e 1382), D. Duarte de Cambridge (inglês, 1380)...Beatriz, filha de D. Fernando I e de D. Leonor Teles, nasceu em fevereiro de 1373.Casou com D. João I de Castela, tornando-se rainha de Castela (abril de 1383).

Foi mandada aclamar como rainha de Portugal depois da morte de D. Fernando (22 de outubro de 1383), mas isso provocou a revolta em muitos locais do reino.
Acompanharia o seu marido, D. João I de Castela, quando este invadiu Portugal, mas, com o insucesso do cerco de Lisboa, voltaria para Castela definitivamente.
Terá morrido já depois de 1412.
Bandeira com as armas de Castela e de Portugal, adotada por D. João I de Castela

Personagens da crise de 1383-1385 (D. Leonor Teles))

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D. Leonor Teles nasceu em 1350.
Descendente de famílias nobres, já se tinha casado muito jovem quando conheceu D. Fernando. O seu primeiro casamento foi considerado nulo, de forma que pôde casar com o monarca (1372), o que causou contestação entre a população.
D. Leonor terá influenciado a ação política de D. Fernando, tornando-se cada vez mais impopular. Para a sua impopularidade também contribuiu a acusação de ser amante do Conde João Fernandes de Andeiro - o conde Andeiro.
Pelo Tratado de Salvaterra, com a morte de D. Fernando (1383) tornou-se regente do reino de Portugal, governando em nome de sua filha, D. Beatriz.

Personagens da crise de 1383-1385 ( D. Fernando)




D. Fernando I nasceu em Lisboa, a 31 de Outubro de 1345, filho de D. Pedro I e de D. Constança.
Sucedeu a D. Pedro em 1367.
Durante o seu reinado envolveu-se em várias guerras com Castela, por se ter considerado com direitos ao trono deste reino. Não teve sucesso nessas guerras.
Depois de se ter comprometido a casar com D. Leonor de Castela, acabou por casar com D. Leonor Teles, em 1372, casamento que teve forte contestação popular.
Tomou várias medidas para o desenvolvimento da agricultura e da marinha e o comércio externo. Naquilo que agora mais nos interessa – o seu papel na crise de 1383-1385 – será de referir a construção e reparação de castelos e a construção de novas muralhas à volta de cidades como Porto e Lisboa, durante a década de 1370.
Habitualmente só se fala da sua filha D. Beatriz, mas teve mais dois filhos de D. Leonor Teles. No entanto, ambos não chegaram à idade adulta: D. Pedro morreu aos 5 anos (1375-1380) e D. Afonso morreu 4 dias depois de nascer (1382).
Depois da última guerra com Castela, 1381-82, viria a prometer a sua filha em casamento ao herdeiro do trono de Castela e, depois, ao próprio rei de Castela, D. João I.
D. Fernando I morreu em 22 de Outubro de 1383, ficando D. Leonor Teles como regente em nome de D. Beatriz.
Terminava a dinastia de Borgonha ou Afonsina..

Personagens da crise de 1383-1385 (D.Pedro I)

Em 1383 já tinha morrido, mas teve vários filhos (de mais do que uma mulher) envolvidos nos acontecimentos. E do seu possível casamento com D. Inês de Castro se falou nas Cortes de Coimbra de 1385.
D. Pedro I foi o 8.º rei de Portugal. Era filho de D. Afonso IV e de D. Beatriz de Castela.
Nasceu em 8 de Abril de 1320 e começou a reinar em Março de 1357.
Falar de D. Pedro significa ter de recordar a história de Pedro e Inês.
Em 1340, D. Pedro I casou-se com a princesa castelhana D. Constança . Uma das aias que acompanhava D. Constança era Inês de Castro, por quem D. Pedro se apaixonou.
Em 1348-1349, quando D. Constança morreu, D. Pedro assumiu mais abertamente o relacionamento com Inês de Castro. D. Afonso IV, em 1355, temendo a influência da família de Inês de Castro, mandou matá-la. D. Pedro não perdoou: depois de ser aclamado rei mandou matar os assassinos de Inês de Castro e, em 1360, anunciou que se tinham casado em segredo antes de 1355, querendo que ela fosse lembrada como rainha. Não existem documentos (provas) desse casamento.

Há uma lenda que conta que, depois de ser rei, D. Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada, coroou-a como Rainha de Portugal e obrigou os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver. Se não o fizessem seriam condenados à morte.
Túmulos de D. Inês de Castro e de D. Pedro, no Mosteiro de Alcobaça

Do casamento com D. Constança, D. Pedro I teve 3 filhos: D. Luís (1344), D. Maria (1342-1367) e D. Fernando I (1345-1383).
Da relação com Inês de Castro, D. Pedro I teve 4 filhos: D. Afonso (1350-1365), D. João (1352?- 1397), D. Dinis (1353-1403) e D. Beatriz (1354-1381).
Da relação com D. Teresa Lourenço (uma dama galega), D. Pedro I teve um filho: D. João, Mestre de Avis (futuro rei D. João I) (1357-1433).
D. Pedro I morreu em 1367, sucedendo-lhe D. Fernando I.

Cronologia da crise de 1383-1385

Batalha de Aljubarrota 02.jpg
1383
2 de abril - Assinatura do Tratado de Salvaterra com o objetivo de consolidar a paz estabelecida no acordo de Elvas. Como, entretanto, morrera a rainha de Castela (D. Leonor de Aragão), foi combinado o casamento de D. Beatriz com D. João I, rei de Castela.
22 de outubro - Morte de D. Fernando.
D. Leonor Teles assumiu o cargo de regente de Portugal em nome de D. Beatriz e de D. João I de Castela.
D. Leonor Teles mandou aclamar D. Beatriz como rainha de Portugal.
Revoltas populares em Lisboa e noutras localidades contra a regente e contra a aclamação de D. Beatriz como rainha de Portugal. Outras localidades aceitaram a aclamação de D. Beatriz.
6 de dezembro – Um grupo comandado por D. João, Mestre de Avis, com homens da sua confiança, assassinou João Fernandes Andeiro, Conde de Ourém (conhecido por Conde Andeiro), principal conselheiro da rainha D. Leonor. Álvaro Pais, um importante burguês de Lisboa que terá dado a ideia do assassinato, mobilizara a população de Lisboa para “acudir ao Mestre”, cercando o Paço da rainha e certificando-se que o Mestre saía em segurança.
O bispo de Lisboa, acusado de não ter mandado tocar o sino para se acudir ao Mestre, foi assassinado na Sé pelo povo em revolta, juntamente com outros 2 clérigos que estavam com ele.
O povo de Lisboa juntou-se para assaltar a judiaria, mas o Mestre conseguiu evitar que tal acontecesse.
D. Leonor, com fidalgos, oficiais e criados da sua casa, fugiu para Alenquer.
15 de dezembro - O Mestre de Avis foi escolhido, pelo povo de Lisboa, para Regedor e Defensor do Reino.
16 de dezembro - Em reunião na Câmara do Concelho, os “grandes da cidade” também tomaram o Mestre por chefe.
Começou-se a preparar a defesa da cidade de Lisboa perante a ameaça de um ataque castelhano.
Os partidários de D. Leonor Teles/D. Beatriz fugiam para Castela.
D. Nuno Álvares Pereira aderiu à causa do Mestre.
D. Leonor, parte de Alenquer para Santarém, de onde escreveu a D. João I de Castela pedindo-lhe ajuda.
Partiram para Inglaterra dois enviados com o objetivo de pedirem o auxílio do rei de Inglaterra à causa do Mestre de Avis.
D. João I de Castela invadiu Portugal, sendo recebido na cidade da Guarda.
30 de dezembro - O castelo de Lisboa, até então não controlado por partidários de D. João de Castela, entregou-se ao Mestre depois de negociações.
Finais de 1383
Início de 1384
A população de Lisboa colaborou em peso nos preparativos da defesa da cidade. Em contrapartida, o Mestre de Avis concederia mais direitos aos seus moradores.
D. João foi arranjando os capitais necessários para fazer o reforço defensivo, conseguir armas, homens e mantimentos. Os judeus fizeram um empréstimo especial.
1384
12 de janeiro - o rei de Castela, depois de ter passado por várias cidades, como Coimbra, chegou a Santarém, onde se encontrava D. Leonor Teles.
13 de janeiro - D. Leonor Teles renunciou à regência do reino em favor de D. João I de Castela e de sua filha, D. Beatriz; seria feita prisioneira e enviada para Castela.
Muitos nobres foram manifestar o seu apoio ao rei de Castela.
fevereiro - Cerca de 1000 homens do exército castelhano iniciaram as operações de cerco a Lisboa; viriam a recuar no terreno.
março - o rei de Castela veio com mais soldados preparar o cerco de Lisboa.
Sabendo que soldados castelhanos se preparavam para atacar campos e vilas no Alentejo, o Mestre nomeou D. Nuno Álvares Pereira fronteiro de Entre Tejo e Guadiana.
6 de abril - batalha de Atoleiros (Alentejo), com vitória das forças portuguesas comandadas por D. Nuno Álvares Pereira.
26 a 29 de maio - Chegou ao Tejo uma armada castelhana.
30 de maio - o rei de Castela, à frente de alguns milhares de soldados, deu início ao cerco de Lisboa.
Enquanto Lisboa esteve cercada, ocorreram confrontos entre partidários do rei de Castela e do Mestre de Avis em muitos locais do país.
A população de Lisboa passava fome.
No acampamento dos castelhanos começaram a morrer soldados com peste.
3 de setembro - Estando D. Beatriz também em perigo com a peste, o rei de Castela decidiu levantar o cerco (o rei partiria para Castela a 14 de outubro; a armada só estaria de retirada no final de outubro).
A população de Lisboa agradeceu a Deus o milagre de libertar a cidade do cerco castelhano e organizou-se uma procissão desde a Sé até ao Mosteiro da Trindade.
Foi decidido reunir cortes em Coimbra com representantes da nobreza, clero e povo (“os concelhos que por Portugal mantinham voz”).
Finais de 1384
Início de 1385
Continuou a haver pelo reino muitos combates entre partidários do rei de Castela e do Mestre de Avis, com atos de heroísmo e de traição.
1385
abril - Cortes de Coimbra
6 de abril - D. João, Mestre de Avis foi escolhido para rei nas Cortes – D. João I.
D. Nuno Álvares Pereira foi elevado à função de Condestável ("chefe" do exército).
Continuou a haver pelo reino muitos combates entre partidários do rei de Castela e do Mestre de Avis.
29 de maio – Forças portuguesas derrotaram o exército castelhano na batalha de Trancoso.
D. João I de Castela invadiu Portugal.
14 de agosto – Batalha de Aljubarrota, onde o exército de D. João I de Portugal venceu D. João I de Castela.
D. João I de Portugal e os seus partidários ocuparam um grande número de localidades até aí partidários de D. João I Castela.
outubro - D. Nuno Álvares Pereira venceu os castelhanos na batalha de Valverde.
A guerra com Castela continuaria...

Ínclita Geração

"Esta designação foi dada por Camões, em Os Lusíadas (Canto IV, estância 50), ao referir-se aos descendentes do rei D. João I: 
"Mas, pera defensão dos Lusitanos,
Deixou, quem o levou, quem governasse
E aumentasse a terra mais que dantes:
Ínclita geração, altos Infantes."
Tal deve-se ao facto de os filhos de D. João I e D. Filipa de Lencastre - os que chegaram à idade adulta, pois os dois primeiros filhos morreram ainda crianças - terem sobressaído pelo seu elevado grau de educação, valor militar, grande sabedoria e predominância na vida pública portuguesa. 
Fazem parte da Ínclita Geração D. Duarte, que foi rei; o Infante D. Pedro, senhor de grande cultura e muito viajado, conhecido como o "Príncipe das Sete Partidas"; o Infante D. Henrique, promotor e impulsionador da gesta dos Descobrimentos marítimos; D. Isabel, mais tarde duquesa de Borgonha, sábia administradora do território governado pelo seu marido, Filipe, o Bom; o Infante D. João, designado em 1418, mestre da Ordem de Santiago de Espada; e o Infante D. Fernando, conhecido como o "Infante Santo", que morreu, em Fez, sacrificado aos interesses da pátria."
Infopédia (adaptado)

terça-feira, 12 de maio de 2015

A tática do quadrado


Para jogar, clica aqui ! E aqui !

A lenda da padeira de Aljubarrota


"A Padeira de Aljubarrota é uma das personagens mais curiosas ligadas à famosa Batalha de Aljubarrota (século XIV), onde, mais uma vez, os portugueses venceram os castelhanos.
Já ouviste falar nela, na Padeira de Aljubarrota?
Não se pode afirmar com certeza que esta pessoa tenha existido, nem sequer que a história que se conta acerca dela seja verdade, mas ela vai estar sempre ligada à Batalha!
Uma coisa é certa: existiu alguém, de nome Brites de Almeida, que foi padeira naquela terra. E parece que era tão corajosa como a da lenda.
Vamos contar-te o que se sabe dessa mulher.
Brites de Almeida nasceu em meados do século XIV em Santa Maria de Faaron (hoje conhecida como Faro) e os seus pais eram gente muito humilde.
Conta-se que quando era pequena já era alta, muito forte e musculada. E como era meio «Maria rapaz», gostava de resolver tudo com a ajuda dos punhos.
Parece que quando tinha 20 anos os pais morreram e ela usou o pouco dinheiro que eles lhe deixaram para aprender a usar uma espada (só os homens nobres é que o faziam!).
Então, para ganhar dinheiro, começou a usar os seus conhecimentos em feiras, onde fazia combates contra homens.
Ora esta história chamou a atenção de um soldado que a desafiou: se o soldado ganhasse, Brites casava com ele. Se perdesse, ela matava-o.
O que acabou por acontecer...
O problema é que matar (um soldado) é crime, mesmo nessa época. Por isso Brites fugiu. Roubou um bote com o objectivo de ir para Espanha, mas um grupo de piratas raptou-a e levou-a para Argel (na Argélia), onde a vendeu a um árabe rico.
(Acreditamos que nisto tudo há muita imaginação, que é o que acontece às histórias de aventuras contadas através dos tempos, mas... Continua a ler...)
No entanto, a «nossa Brites» não era pessoa para ficar presa. Passado um ano convence outros dois escravos portugueses a fugir para Portugal.
Disfarçou-se de homem e seguiu para Torres Vedras, onde comprou dois machos e se transformou em almocreve (quem aluga e conduz bestas de carga).
Mesmo assim, os sarilhos não a largaram e, depois de se envolver em várias lutas e provocar algumas mortes na zona de Lisboa, Brites apanhou um barco para Valada, de onde, já vestida de mulher, acabou por ir parar a Aljubarrota.
Para sobreviver, já cansada e sem maneira de ganhar dinheiro, começou a pedir esmola à porta de um forno, o que chamou a atenção da padeira, já idosa, que reparou que Brites era uma mulher forte e que a podia ajudar. Assim, começou a carreira de Brites como padeira.
Um dia, já depois da velha padeira ter morrido e já sendo Brites a dona do negócio, deu-se uma grande batalha em Aljubarrota (aquela que te falámos no início).
Como a maioria do povo português, ela também estava do lado de D. João, Mestre de Avis, e não queria os espanhóis a governar Portugal.
Conta a lenda que, depois de Nuno Álvares Pereira vencer os espanhóis nessa batalha, Brites chefiou um grupo de populares que perseguiram os espanhóis em fuga.
Nessa noite de 14 de Agosto de 1385, ao regressar, a padeira chegou a casa e encontrou sete espanhóis escondidos no forno onde costumava cozer o pão.
Sem hesitar, pegou na pá de levar o pão ao forno e bateu-lhes até os matar, um a um, à medida que saíam do forno.
Várias versões desta lenda aumentam o número de castelhanos e também o número de crueldades que a padeira lhes fez...
Nós preferimos a versão mais simples em que, mesmo assim, a Padeira de Aljubarrota faz parte da História de Portugal, nunca mais sendo esquecida.
Claro que a sua história não acaba na época da Batalha. Parece que quando fez 40 anos se casou com um lavrador rico que a admirava muito e chegou a ter filhos.
Sabias que a procissão de Aljubarrota sai sempre no dia 14 de Agosto? E a pá que simboliza a vitória da padeira esteve presente nos andores durante muito tempo!"
Site Junior

quarta-feira, 6 de maio de 2015


"

Como sabes, desde que Portugal foi fundado por D. Afonso Henriques, o nosso País sempre esteve envolvido em guerras com Castela.
Uma das épocas mais importantes desta longa guerra foi o episódio da Crise de 1383/85.
Sem rei para governar Portugal, houve um momento complicado que, depois de ultrapassado, deu início à segunda dinastia de reis portugueses, a dinastia de Avis.
Mas comecemos do início...
O rei D. Fernando, estava há vários anos envolvido em pequenos conflitos com Castela por considerar que tinha direito ao trono do país vizinho, por ser neto de Sancho IV de Castela.
No entanto, a sorte nesta luta nunca esteve do seu lado, pelo que, após algumas batalhas perdidas (em 1369 e em 1381), o rei assinou um tratado de paz, que implicava o casamento de D. João I de Castela com a sua única filha, D. Beatriz.
Mas neste tratado, D. Fernando pôs também por escrito que este casamento não deveria trazer problemas de sucessão do trono português. Ele não queria que Portugal deixasse de ser independente.
D. Fernando morreu em 1383, no mesmo ano em que foi assinado o tratado. Apesar de D. Beatriz não poder reinar e só um filho seu (homem) com mais de 14 anos poder ser rei de Portugal, este facto veio trazer problemas.
Enquanto o filho de D. Beatriz não subisse ao trono, a pessoa responsável por reinar em Portugal seria a viúva de D. Fernando, D. Leonor Teles. Ela seria a regente do reino.
A população já andava muito insatisfeita por problemas agrícolas e por doenças como a peste. Por isso, quando D. Leonor Teles subiu ao poder, todos ficaram ainda mais insatisfeitos.
É que D. Leonor tinha como conselheiro um galego, o Conde Andeiro, e o povo tinha medo que ele viesse a favorecer o país vizinho (na altura, Castela: é que a Espanha ainda não existia).
Um grupo de nobres junta-se e decide matar o Conde Andeiro com a ajuda de D. João, Mestre de Avis, filho bastardo de D. Pedro I (pai de D. Fernando, o que tornava D. João irmão ilegítimo deste).
Após a morte do Conde, D. Leonor Teles foi obrigada a sair da cidade de Lisboa, fugindo para Santarém, e foi depois pedir ajuda aos reis de Castela.
Temendo uma invasão do exército castelhano, o povo de Lisboa reconhece o Mestre de Avis como "Regedor e Defensor do Reino" e a burguesia apoia-o com dinheiro, de modo a pagar as despesas da guerra.
É claro que o rei de Castela não aceitou nada bem esta situação, uma vez que os "seus direitos" sobre Portugal estavam a ser ameaçados. Assim decide invadir Portugal e ocupa a cidade de Santarém.
Para lutar contra esta invasão trava-se a Batalha dos Atoleiros, em Abril de 1384. D. Nuno Álvares Pereira lidera o exército português e vence os castelhanos usando a famosa táctica do quadrado que lhe voltou a dar a vitória na Batalha de Aljubarrota.
Pouco tempo depois, em Maio, o rei castelhano voltou à carga e cercou a cidade de Lisboa. No entanto, o povo não se rendeu e o cerco foi levantado quatro meses depois, devido à peste.
Após o regresso dos seus soldados, D. João de Castela preparou um poderosíssimo exército para uma nova investida. Ele não iria desistir tão facilmente!
Perante esta situação, reuniram-se as cortes em Coimbra, onde se escolheu o Mestre de Avis como novo rei de Portugal
.
Resultado de imagem para crise de 1383 a 1385 em portugal
Ao tomar conhecimento desta decisão, o rei de Castela invadiu de novo Portugal.
A 14 de Agosto de 1385, as tropas portuguesas novamente lideradas por D. Nuno Álvares Pereira, derrotam os castelhanos na batalha de Aljubarrota.
Finalmente, o rei de Castela desiste de invadir Portugal e assina-se um tratado de amizade com a Inglaterra (cujos soldados ajudaram na Batalha de Aljubarrota) onde os dois países prometem ajudar-se mutuamente.
Este acordo foi reforçado com o casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre (originalmente, Lancaster).
Já ouviste falar da "Ínclita Geração"?
São todos os famosos filhos do casal: D. Duarte, D. Pedro, o Infante D. Henrique, D. Isabel, D. João, D. Fernando."
Site Junior " (adaptado)

A Crise de 1383- 1385

terça-feira, 21 de abril de 2015

Guião do trabalho

Resultado de imagem para fazer trabalhos
Guião do trabalho sobre o tema "Portugal nos séculos XIII e XIV "
O que devem fazer??
Um pequeno livro em folhas separadas, com as imagens (desenhos de preferência…) sobre este tema.
 Qual é o tema ou assunto:
"Portugal nos séculos XIII e XIV "
1-Comecem por fazer uma capa.
A capa deve ter:
1º o nome da escola;
2º o assunto ou tema do trabalho;
3º a disciplina;
4º nome do aluno, nº e turma;
2- O índice
Deve ficar logo a seguir à capa mas só deve ser feito no final do trabalho;
Deve conter todos os títulos do trabalho, ou pelo menos os principais e as páginas onde cada assunto se encontra.
 3- Introdução
Na introdução deve ser explicado:
1. Para que vou fazer o trabalho;
2. Como vou fazer o trabalho;
Por exemplo:
Vou fazer um trabalho sobre a sociedade portuguesa no século XIII para estudar e
aprender um pouco mais sobre a maneira como cada grupo social se organizava, o
que é que faziam, como é que viviam; o que comiam; o que vestiam; que
divertimentos tinham?
Vou dividir o trabalho em grupos de estudo, a partir de cada classe social ;
Depois vou escolher as imagens que correspondem a cada um desses grupos, vou
colá-las e, depois ao lado ou em baixo vou fazer a legenda de cada uma, explicando
a que é que se referem.
Assim, devem dividir o trabalho em seis  grupos ou capítulos:
1. As atividades económicas
2. A nobreza;
3. O  clero;
4. O povo.
5. Os concelhos
6. A vida na corte
 Se alguém quiser pode fazer ainda um outro  tema sobre : Curiosidades desta época , biografias, arte românica e gótica…)
Nota:
O que deve ter cada um dos grupos ou capítulos de assuntos:
As atividades económicas e os recursos .
Quem são, ou quem é que pertencia a cada grupo;
O que é que faziam ou que funções é que exerciam na sociedade;
Que direitos ou que privilégios é que tinha;
4- Desenvolvimento
É o corpo do trabalho, onde se deve explicar tudo. ( Utiliza o manual, os powerpoints do blogdidi)…
Por exemplo:
Capítulo 1: NOBREZA
A nobreza era um grupo social privilegiado pois tinha ajudado o rei nas suas lutas pela reconquista cristã.
Por isso, os reis deram-lhes terras para governar.
Nessas  terras, os nobres cultivavam –nas, povoavam-nas e defendiam-nas.
Tinham o direito de cobrar impostos às pessoas, povo, que viviam nessas terras e o
privilégio de não pagar impostos ao rei.
• Que  funções tinham?
• Que privilégios tinham?
• Onde moravam?
• Quotidiano do senhor em tempo de paz…….
• O que vestiam?
5-Conclusão
Breve resumo de tudo o que foi feito e o que se aprendeu com o trabalho;
As dificuldades e problemas sentidos durante a elaboração do trabalho.
6-Bibliografia
Aqui escreve-se o que é que se consultou para fazer o trabalho; desde o manual, livros do CRE ou que possuam em casa, sites da internet;
Informações finais: O trabalho será apresentado até ao dia 5 de Maio.
O trabalho é individual, escrito sem cartolinas, nem suporte informático.
Quanto mais completo estiver o trabalho mais valorizado será.
Admite-se que algumas das partes do trabalho sejam impressas, como a capa, o índice, a bibliografia, a introdução e a conclusão, no entanto o corpo do trabalho deve ser escrito à mão pelo aluno que apresenta o trabalho.

A Arte Românica

terça-feira, 17 de março de 2015

Reis da 1ª Dinastia

Reis de Portugal

1ª Dinastia (Afonsina)

Imagem
Nome
Cognome
Nascimento / Morte
Factos do reinado
O Conquistador / O Fundador
1108 - 1185
Foi o primeiro rei de Portugal e conquistou território até Lisboa e Alentejo.
Reinou entre 1143 e 1185.
D. Sancho I
O Povoador
1154 - 1211
Conquistou Silves e passou a chamar-se «Rei de Portugal e dos Algarves».
Reinou entre 1185 e 1211.
D. Afonso II
O Gordo 
1185 - 1223
Convoca as primeiras cortes portuguesas, em Coimbra (1211).
Reinou entre 1211 e 1223.
D. Sancho II
O Capelo
1209 - 1248
Não teve descendência, pelo que o reino passou para o irmão.
Reinou entre 1223 e 1248.
D. Afonso III
O Bolonhês
1210 - 1279
Manda efectuar Inquirições Gerais (1258) - reduz abusos do clero e nobreza.
Reinou entre 1248 e 1279.
O Lavrador
1261 - 1325
Incentivou o comércio, a cultura, a agricultura e mandou plantar o pinhal de Leiria.
Reinou entre 1279 e 1325.
D. Afonso IV
O Bravo
1290 - 1357
Tomou medidas muito polémicas e chamou toda a justiça do reino para as suas mãos.
Reinou entre 1325 e 1357.
O Justiceiro / O Cruel (Cru)
1320 - 1367
Vingou a morte de D. Inês de Castro.
Reinou entre 1357 e 1367 com uma enorme prosperidade económica.
D. Fernando
O Formoso
1345 - 1383
Gerou conflitos com Castela que levaram àcrise de 1383/1385.
Reinou entre 1367 e 1383.

terça-feira, 10 de março de 2015

A Vida nos Concelhos

  Um Concelho era uma povoação que tinha recebido foral ou carta de foral:

        Documento escrito onde ficavam registados os direitos / deveres dos seus moradores para com o senhor que lhes tinha atribuído a carta: reisgrandes senhores da nobreza e do clero.

http://castelodosaprendizes.com/album/Seculo%20XIII%20%20Concessao%20de%20Carta%20de%20Foral.jpg       http://castelodosaprendizes.com/album/Seculo%20XIII%20Carta%20de%20Foral.jpg

Concessão de Carta de Foral            Carta de Foral
  
Os moradores destes concelhos (chamados vizinhos) tinham mais regalias e maior autonomia (judicial e administrativa). O pelourinho /picota era um símbolo da autonomia do concelho.
http://castelodosaprendizes.com/album/Pelourinho.jpgpelourinho

  Os concelhos dispunham de uma “assembleia de homens-bons” para resolver os principais problemas da comunidade.
O alcaide era o chefe militar e representava o rei no concelho.

Os concelhos urbanos.

            O desenvolvimento do comércio externoa partir de meados do século XIII, contribuiu para o crescimento das cidades (burgos) à volta dos rios e situadas no litoral.
            Nestas cidades viviam alguns burgueses (mercadores e artesãos enriquecidos com o comércio externo).
            Frequentavam escolas para se instruírem /saber ler, escrever, fazer contas e contratos comerciais…
            Os burgueses, distinguiam-se do resto do povo e com o tempo formaram um novo grupo social chamado burguesia.

  
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Domus Municipalis de Bragança

A Vida nos Mosteiros


http://www.iep.uminho.pt/aac/hsi/a2001/2001/sitehistoria/Copia_3_de_mosteiros.gif  mosteiro
            Pertenciam ao clero todos os membros da Igreja e a sua principal função era a actividade religiosa.
Temos o :
       Clero regular: constituído por ordens religiosas  e que  vivia dentro dos mosteiros /conventos em comunidades e com regras próprias.
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         Clero secular: era constituído por padres e bispos. Viviam nas aldeias/cidades, junto da população. Possuíam grandes extensões de terras e gozavam de grandes privilégios:
-   não pagavam impostos.
-  podiam exigir rendas e impostos aos homens do povo que viviam e trabalhavam nas suas terras.
As actividades do mosteiro
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            Além do serviço religioso, os monges tinham outras actividades ligadas:
           
        Ao ensino (o clero era o grupo social mais instruído, sabia ler, escrever, contar).
       À assistência a doentes, peregrinos e mendigos.
        Tínhamos também monges copistas que escreviam à mão documentos e livros, feitos em pergaminho, que decoravam por vezes com ilustrações de cores vivas e ouro:iluminuras.
http://castelodosaprendizes.com/album/Seculo%20XIII%20monges%20no%20trabalho%20agricola.jpghttp://castelodosaprendizes.com/album/Seculo%20XIII%20%20ensino.jpg
        Foi também importante o seu papel no desbravamento e aproveitamento de terrenos incultos.

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             assistência a doentes, peregrinos e mendigos

iluminura

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Monges copistas