quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

CASTELOS MEDIEVAIS DE PORTUGAL

Um castelo (diminutivo de castro) era uma estrutura  destinada à defesa e em alguns casos para residência... era geralmente erguido num local elevado.




Palavras cruzadas


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A Lenda de Egas Moniz

Em 1127, Afonso VII cercou Guimarães com um exército tão numeroso que desde logo se percebeu ser impossível resistir-lhe. Egas Moniz, um grande senhor de Riba Douro e aio de D. Afonso Henríques, não hesitou: transpôs as muralhas e foi ao encontro de Afonso VII.
- Que me quereis, D. Egas? - perguntou o monarca.
- Venho apelar à vossa generosidade e compreensão, majestade - respondeu Egas Moniz.
- Dizei então!
- Os nossos guerreiros estão exaustos! O povo está faminto e desesperado! As nossas crianças deixaram de sorrir! Por favor, majestade, levantai o cerco e parti!
- E que garantias me dás de que a minha autoridade real não voltará a ser posta em causa?- inquiriu o rei de Leão e Castela.
- Dou a minha palavra de honra que no dia em que D. Afonso Henriques suceder à sua mãe lhe prestará toda a vassalagem e o reconhecerá como seu rei - jurou solenemente Egas Moníz.
O rei aceitou esta promessa e levantou o cerco.
Mais tarde, já depois da batalha de S. Mamede, D. Afonso Henriques declarou ao seu aio que não tencionava cumprir o juramento feito ao primo. Egas Moniz nem queria acreditar! Ele, que nunca faltara à palavra dada, via-se agora numa situação muito difícil.
Decidiu, então, partir para Toledo e apresentar-se diante de D. Afonso VII, acompanhado da mulher e dos filhos. Descalços e envergando túnicas brancas, assemelhavam-se a condenados à morte.
- O que quer isto dizer, Egas Moníz? -perguntou o rei, verdadeiramente intrigado.
- Majestade, não pude honrar a minha palavra. Por isso, só a nossa morte poderá limpar o meu nome. Fazei, pois, o que tendes a fazer!
Impressionado com tão nobre exemplo de carácter e de coragem, Afonso VII mandou-os em liberdade.
Bibliografia:
CARDOSO, F.; TOROK, M. H.; CARDOSO, O. M. (1996).História e Geografia de Portugal. Lisboa: Areal Editores.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O avanço da Reconquista (cronologia)


Fundação de Portugal

Antes de se tornar um país independente, Portugal era um pequeno território no norte da Península Ibérica e pertencia ao reino de Leão.
 Chamava-se Condado Portucalense.
O Condado Portucalense era uma parcela de terra que ia do rio Minho ao rio Douro.
Foi entregue a um nobre francês, de nome Conde D. Henrique de Borgonha, como recompensa de ter ajudado o rei de Leão na "Reconquista Cristã", ou seja, a reconquistar território aos mouros.
O seu senhor (o conde) tinha alguma autonomia e liberdade de movimentos apesar de continuar a prestar vassalagem ao seu rei.
O problema é que muitos dos senhores dos condados queriam ter mais autonomia e, talvez, até tornarem-se reis.
Assim, o Conde D. Henrique tentou tudo para conseguir maior autonomia para o seu território, apoiado por outros nobres.
Mas, em 1112, D. Henrique morreu: será que o seu esforço de tornar o reino independente morria consigo?
Felizmente, o seu filho Afonso Henriques (o futuro primeiro rei de Portugal) não queria deixar este sonho morrer e decidiu prosseguir com a política do pai.
Apesar de D. Afonso ser muito corajoso, a tarefa de tornar o condado independente foi muito complicada. Senão repara:
Era necessário combater o rei de Leão, a norte, para ficar com o território independente.
Era necessário alargar o condado para sul contra os muçulmanos - prosseguir a Reconquista.
E era preciso arranjar maneira que o futuro reino de Portugal fosse reconhecido pelos outros reinos, principalmente pelo Papa.
É que, no século XI, o Papa era mais importante que os reis e todos respeitavam as suas decisões e opiniões.
 Afonso Henriques tinha, então, entre outras, três tarefas principais a cumprir para atingir os seus objectivos. E ele procedeu deste modo:
 Para combater o rei de Leão reuniu em torno de si os nobres portucalenses, também eles desejosos de independência. D. Afonso travou várias batalhas contra os exércitos leoneses.
Isso fez com que, finalmente, em 1143, no tratado de Zamora, o rei de Leão reconhecesse Afonso Henriques como rei de Portugal. Foi uma importante vitória.
 Na luta contra os muçulmanos, a sul, as coisas também não foram fáceis. O avanço era muito lento e difícil porque o inimigo era muito forte.
Mas, em 1139, conseguiu uma vitória muito importante na batalha de Ourique, onde todas as possibilidades de ganhar estavam do lado dos mouros.
Sabias que a partir daí D. Afonso Henriques passou a intitular-se "rei de Portugal"? Entretanto, as suas conquistas foram prosseguindo e o território foi-se formando e crescendo.
 E como se conseguiu o reconhecimento do Papa? Bom, isso foi só em 1179, através de uma bula chamada: Manifestis Probatum.
Era, enfim, o reconhecimento imprescindível para que Portugal passasse a ser uma nação independente.
Quando D. Afonso Henriques morreu tinha sido concretizado um sonho.
O reino estava formado (faltava apenas o Algarve), apesar de alguns contra-ataques muçulmanos; o rei de Leão reconheceu Portugal como reino independente e o Papa também.
As conquistas do resto do País e a definição total do território português prosseguiram com os herdeiros de D. Afonso Henriques. Mas foi só com D. Afonso III que se conquistou o Algarve, em 1249.
Como vês, a meio do século XIII, Portugal já tinha praticamente o mesmo território que actualmente.
Sabias que, por causa disso, Portugal é a nação com as fronteiras mais antigas da Europa?
                                                                                                                              Site junior

domingo, 8 de fevereiro de 2015